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Armas contra a trombose
Armas contra a trombose

Os sinais da primeira trombose apareceram quando a bancária Mônica Silva tinha 45 anos. “Começou com uma dor na planta do pé. Depois de alguns dias, a dor piorou e ficou difícil de andar. Procurei o pronto atendimento do Hospital Felício Rocho, onde foi diagnosticada a doença”. Este ano, a paciente foi internada pela segunda vez. “Iniciou com uma dor atrás do joelho”, lembra.  

Ao contrário de Mônica, 44% da população brasileira não reconhece os sintomas da trombose venosa profunda (TVP). De acordo com o hematologista Daniel Ribeiro, da Hematológica - Clínica de Diagnósticos e Tratamento das Doenças do Sangue, a TVP pode ser assintomática, ou seja, pode não manifestar sintomas, ou apresentar sinais como dor, inchaço e aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escura ou arroxeada, endurecimento da pele.“Os riscos aumentam com a idade. Nos membros inferiores, os pacientes apresentam edema, calor, rubor e empastamento da panturrilha”, reitera.

 

A doença se caracteriza pela formação de um trombo, ou coágulo, que afeta principalmente as veias dos membros inferiores, como pernas e coxas. “O sangue fica mais grosso e aumenta o risco de entupimento de alguma veia ou artéria”, detalha o hematologista. O coágulo pode bloquear o fluxo sanguíneo e causar inchaço e dor. Quando o trombo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, é chamado de embolia. “Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves. Nas embolias pulmonares a falta de ar e a dor para respirar são os sintomas mais freqüentes”, alerta.

 

 

O caso de Mônica representa um fator comum da doença, a hereditariedade.  Após o AVC do pai, em 2007, ela resolveu fazer um estudo do sangue na Hematológica e descobriu que era propensa a desenvolver coágulos nas artérias. Isso fez com que ficasse atenta aos primeiros sinais da doença. “Procurei a clínica em 2007, quando fui acompanhar o meu pai. Aprendi a ter determinados cuidados”, conta.

 

Os sintomas também podem ser desencadeados por outros fatores. Entre as causas está a gestação, uso de anticoncepcionais eterapia de reposição hormonal, doenças autoimunes, período de imobilização prolongado ou permanecer em uma mesma posição durante muito tempo (viagens prolongadas), obesidade, cigarro, quimioterapia e outros. “O quadro geralmente é agudo, isto é, acontece quando o paciente é previamente exposto a uma das situações de risco”, observa o médico. 

 

Dr. Ribeiro explica que o risco de trombose aumenta com a idade, mas pode acometer indivíduos em qualquer faixa etária. A incidência global é a mesma entre homens e mulheres. “Quando estratificamos por idade, temos uma incidência maior nas mulheres em fase reprodutiva quando comparado aos homens da mesma idade. Esta relação se inverte em idades mais avançadas”, diz.

 

O tratamento exige atenção e acompanhamento. Na Hematológica, todos os pacientes devem ser anticoagualdos imediatamente após o diagnóstico do quadro agudo. “Temos um controle muito bem feito do tratamento”, afirma Dr. Ribeiro. O tratamento anticoagulante consiste na administração de medicamentos que inibem parcialmente os mecanismos da coagulação sanguínea, sendo utilizado na prevenção e tratamento das tromboses e nas suas complicações.

 

 

A prevenção é a melhor forma de combater a TVP.  Uso de meias elásticas, exercícios regulares e manutenção do peso em faixas adequadas podem diminuir o risco da doença.   Evitar o tabagismo e a obesidade reduz as chances de evolução. As mulheres que têm histórico de trombose na família devem evitar usar medicamentos à base de hormônios femininos, como anticoncepcionais ou hormônios de reposição.

Se a pessoa for fazer uma longa viagem, ela deve procurar movimentar as pernas para não haver comprometimento da circulação. O movimento, principalmente nos membros inferiores, ajuda no fluxo sanguíneo e impede que ele se coagule. “Devemos ainda sempre realizar profilaxia (prevenção) em situações de risco. Ela deve ser estabelecida e estratificada de acordo com o risco de cada paciente”, orienta Dr. Ribeiro.

 

Fonte: https://hematologica.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=14#.VlPTSXarTcs